segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Delegado diz que prisão de pastor motivou ataques ao AfroReggae

Ordem teria partido dos traficantes Beira-Mar e Marcinho VP. Cinco inquéritos foram abertos para apurar o caso.

O delegado Márcio Mendonça
Dubugras, titular da Delegacia de
Combate às Drogas (Dcod), disse
em entrevista ao Bom Dia Rio, que o que motivou os ataques ao grupo AfroReggae, no Rio, foi a prisão do pastor Marcos Pereira, desafeto do coordenador da ONG, José Júnior.

A polícia acredita que a ordem
para os ataques ao grupo possa ter
partido dos traficantes
Fernandinho Beira-Mar e Marcinho
VP, que cumprem pena no presídio de segurança máxima de
Catanduvas, no Paraná.

“A prisão do pastor Marcos ocorreu dia 7 de maio. Dia 10 de maio surgiu a conversa entre Beira-Mar e Marcinho VP e logo depois começaram a surgir os atentados. A gente acredita que a ordem para os atentados tenha partido por causa da prisão do pastor. Ele é investigado em inquéritos por vários crimes, entre eles, associação para o tráfico de drogas da facção desses traficantes. A conversa gravada entre os traficantes mostra a influência que ele tem, inclusive na transferência desses presidiários para umpresídio no Maranhão, onde ele tem uma igreja. Isso demonstra a ligação próxima que existe entre
essas pessoas”, disse o delegado.
No domingo (11), o Fantástico
mostrou que o encontro entre
Beira-Mar e Marcinho VP, que foi
gravado, recebeu o aval da justiça
depois de Beira-Mar reclamar que
se sentia muito sozinho em sua
cela separada.

Na reunião, a dupla comenta a
prisão do pastor Marcos Pereira,
acusado pelo coordenador da ONG
AfroReggae, José Junior, de ter
estuprado fiéis. Os dois dizem que
o religioso é inocente e uma frase
de Beira-Mar chamou a atenção da
polícia: "Foi o Juninho que estava
por trás disso. Tinha que mandar
um salve lá para ele", disse.
"Salve", segundo as investigações,
seria um sinônimo de ataque ou
represália.
Dubugras diz que a polícia já tinha
cinco inquéritos para apurar os
ataques aos núcleos do
AfroReggae. Segundo ele, a polícia
vinha investigando os atentados e
a gravação da conversa dos
traficantes em Catanduvas veio
corroborar as suspeitas sobre as
ordens para os ataques.
O delegado disse que ainda há
diligências a serem feitas e
depoimentos a serem colhidos para concluir os cinco inquéritos. E que agora é preciso juntar todas as informações para imputar
responsabilidades aos envolvidos
no caso.

Ele defende a ideia de que os
traficantes que lideram facções
criminosas, como Beira-Mar e
Marcinho VP, sejam isolados. E que até comunicações com parentes e advogados sejam monitoradas.

G1

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